quinta-feira, 20 de julho de 2017

Lucca: bate e volta a partir de Florença

Lucca é uma pequena cidade murada, e meio dia é mais que suficiente para conhecê-la. Combinar com Pisa, num bate-volta de Florença, é uma opção perfeita para otimizar o tempo da viagem. Leia aqui como foi nossa visita à Pisa.

Suas muralhas foram construídas entre os séculos XVI e XVII, e estão super bem conservadas, em substituição às antigas que não mais atendiam à segurança da cidade, sendo consideradas ultra-modernas para a época, com passarela tripla e um espaço livre ao redor para impedir que os inimigos pudesses se esconder na vegetação. No início do século XIX, foram transformadas em parque público, que pode ser percorrido pelos turistas, na sua total extensão, aproximadamente 4,2 km, com 12 m de altura. Não chegamos a percorrer tudo isso, apenas demos uma voltinha para apreciar a vista e tirar uma fotos. É um local muito arborizado e agradável, vimos várias pessoas fazendo caminhada, não sei se turistas ou moradores aproveitando para se exercitarem.

A estação de trem de Lucca fica fora das muralhas mas bem pertinho de um dos acessos, Porta di San Pietro, basta atravessar a praça em frente à estação, Piazalle Ricasoli, atravessar a rua e andar uns 100 m à esquerda. Nesta praça fica o Centro de Turismo onde pegamos um mapinha da cidade.
acesso pela Porta di San Pietro
Não existem muitas atrações para entrar, como igrejas, palácios e museus, portanto a beleza de Lucca é passear pela cidade medieval, completamente murada, com ruas super estreitas (com restrição à circulação de carros) e que ainda preserva sua arquitetura original. Foi o que fizemos: chegamos em Lucca e fomos direto almoçar, depois visitamos a Chiesa di San Michele in Foro (apenas por fora), o Duomo, a Piazza dell´Anfiteatro e andamos aleatoriamente pelas ruas, até que chegamos novamente nas muralhas. Demos uma voltinha pela muralha, saímos por um acesso lateral, e voltamos à estação de trem, no final da tarde, para pegar o trem de volta à Florença.
em cima da muralha

em cima da muralha

maridão nas ruas de Lucca
Agora vamos aos detalhes dos locais visitados:

Piazza dell´Anfiteatro
Existiu, no século II, um anfiteatro romano onde hoje fica a Piazza del Mercato. Com o declínio do império romano, o local foi abandonado, e ao longo dos anos, suas pedras foram saqueadas para construir igrejas e palácios, restando poucos fragmentos no local.

Existiam quatro portas de acesso ao anfiteatro, que tinha capacidade para 10.000 expectadores, como corredores baixos em arco, por onde entravam as feras e gladiadores. Esses acessos foram restaurandos e foi por onde entramos na praça.

Em 1830, o local encontrava-se bastante decadente com muitos cortiços, depósito de sal e até mesmo uma prisão, quando a governante da época, Marie Louse, da família Bourbon, mandou desocupar o local para restaurá-lo, com projeto do arquiteto Lorenzo Nottoli Lucchese, retornando à aparência original, formato elíptico de uma arena, passando a ser utilizada como mercado público, até meados do século XX.

Atualmente, a piazza abriga residências, lojas, bares e restaurantes, com mesas ao ar livre, muito procurada por turistas para descansar, apreciar um bom vinho e admirar a arquitetura ao redor.

Duomo
A Cattedralle di San Martino, foi construída originalmente no século VI, por San Frediano, santo que nasceu em Lucca, sendo reconstruída, em estilo romântico, pelo então bispo de Lucca, Anselmo da Baggio, em 1060, que tornou-se posteriormente o Papa Alessandro II (Alexandre II). No final do século XII até o século XVII passou por reformas quando adquiriu o aspecto atual.

A fachada, com projeto de Guidetto da Como, possui três grandes arcos, na parte inferior, e três níveis de galerias, com muitas colunas em fomatos e cores diversas, além dos portais de entrada bem decorados, de Nicola Pisano, com relevos que retratam a vida de San Martino.

Como a igreja foi construída após o campanário, que fica “junto e misturado”, e num estilo arquitetônico bem diferente, o conjunto ficou esquisito e assimétrico. Precisei olhar com atenção os relevos, as esculturas e as colunas para ver a beleza nestes detalhes, pois o conjunto não agradou. Resumindo, não é bonita. Pronto.

Seu interior possui três naves com grandes colunas e arcos. Numa destas colunas está um belo púlpito, em estilo renascentista, do artista Matteo Civitali. A cúpula semi cilíndrica é original do século XI.

Numa área reservada e bem bonita (lembra uma gaiola de passarinho....vixe que descrição horrível, mas que parece, parece), está a relíquia mais preciosa desta igreja, e talvez da cidade de Lucca: o Volto Santo, um crucifixo enorme em madeira cedro, que segundo a lenda, foi esculpido por Nicodemos (fariseu conterrâneo de Jesus Cristo) com a real aparência do rosto de Jesus (que sobreviveu ao longo dos anos e foi trasferido da terra santa para Lucca em 782).

Outra obra que merece destaque é o monumento fúnebre a Illaria del Carreto, do artista Jacopo della Quercia, esculpido entre 1406 e 1408, todo em mármore branco, em homenagem à esposa de Paolo Guinigi, político italiano, que morreu muito jovem durante o parto.

E só......Enfim, não merece a visita. Só se tiver tempo sobrando....o que não acho que vá acontecer.

Site:
http://www.museocattedralelucca.it
Horário:
15/Março à 02/Novembro: Segunda a Sexta: 9:30 às 18 h // Sábado: 9:30 às 18:45 h // Domingo: 9 às 10 h e 11:45 às 18 h
03/Novembro à 14/Março: Segunda a Sexta: 9:30 às 17 h // Sábado: 9:30 às 18:45 h // Domingo: 11:30 às 17 h
Ingresso:
3 euros

Chiesa di San Michele in Foro
A Chiesa di San Michele in Foro, dedicada a São Miguel (o “in foro” deve-se ao local onde foi construída: “local onde existia uma antigo fórum romano”), foi construída originalmente no século VIII, porém passou por uma grande reforma entre 1061 e 1073, a mando do Papa Alessandro II (Alexandre II), que foi bispo de Lucca, em estilo romântico, provavelmente pelo arquiteto Guidetto da Como.

Neste mesmo período o campanário foi erguido. A fachada, em estilo romântico, porém com detalhes góticos, é uma mistura de elementos decorativos como animais, plantas, símbolos do zodíaco e muitas colunas de mármore retorcidas e decoradas, em formatos variados. Na parte frontal, no alto, está uma escultura alada de São Miguel.

O interior possui três naves, com 48 m de comprimentos, 32 m de largura no transepto e 19 m de altura.

Só visitamos por fora, pois tinha lido que o interior não valia a pena.

Horário:
Alta estação: Diariamente: 7:40 às 12 h e 15 às 18 h
Baixa estação: Diariamente: 8:30 às 10:30 h e 15 às 17 h
Ingresso:
gratuito

Nossa próxima e última parada foi em Roma.

Cheiros

terça-feira, 18 de outubro de 2016

Fortaleza com criança - Engenhoca Parque

Estive, com os filhotes, em Fortaleza, recentemente, e fiquei feliz em descobrir dois passeios para eles além do Beach Park e de praias, e achei legal compartilhar nossa experiência.

Já contei com foi visitar o Ipark (leia aqui), e agora vou contar como foi nossa experiência no Engenhoca Parque, que está localizado na cidade de Aquiraz (perto do Beach Park), a 15 km de Fortaleza.

Como chegar (www.parqueengenhoca.com.br)
O parque conta com várias atividades para todas as idades, até mesmo para os mais “desanimados”, como meu marido, que não gosta de aventuras e atividades que envolvam emoção....kkkkk. Redes, mesinhas e bancos estão disponíveis em locais bem agradáveis, para ficar tomando uma “gelada”, contemplando a paisagem e o sossego, ou simplesmente cochilando enquanto a garotada se diverte. E, para os pequenos, existe um espaço infantil com vários brinquedos.



As atrações vão desde playground, kartciclo (circuito em quadriciclo), aero jump, tirolesa infantil, tirolesa voadora, arvorismo, caiaque e pedalinho, campo de mini golf a trilhas e circuito de bicicleta.
Mapa do Parque (www.parqueengenhoca.com.br)













O restaurante – Moenda Restro – fica bem no centro do parque com mesas em área coberta e também na área externa embaixo de uma grande árvore, em estilo self service. A comida não é maravilhosa, mas agradou.

É possível admirar as ruínas, datadas de 1727, de uma hospedaria de Jesuítas e local de catequização dos nativos, além de visitar o museu que conta a história do Engenho Colonial que deu origem à Cachaça Colonial, com várias peças que retratam as diversas fases do processo produtivo dos derivados da cana-de-açúcar, entre eles a cachaça.





Ir de tênis, pois no arvorismo tem que usar sapato fechado. É fundamental não esquecer do protetor solar e boné...o sol no Ceará é quente mesmo, apesar do parque ser bem arborizado e ventilado.

Foi um dia bem divertido. Os meninos adoraram, inclusive gostaram mais do que o Ipak (talvez pelas atrações serem mais adequadas a idades deles, 12 e 6, ou por ser mais arborizado e menos quente). Enfim, foi um dia muito legal. Super recomendo.


Uma dica é tentar chegar na hora que o parque abre para aproveitar todas as atividades. Chegamos logo que abriu e saímos quando fechou, então fizemos todas as atividades que queríamos e repetimos as que mais gostamos. O parque estava bem tranquilo, mesmo sendo um domingo, então não tinha filas, almoçamos sem “stress” e o parque não estava “muvucado”. Não sei se nos meses de janeiro e julho também é assim tranquilo.

Site:
Horário:
Quarta a Domingo: 10:30 às 17 h
Nos meses de Janeiro e Julho: Terça a Domingo: 10:30 às 17 h
Ingresso:
Apenas conhecer: Inteira R$ 20,00 / Meia R$ 10,00
Obs. Dá direito a entrada no parque, visita ao Museu Engenho Colonial, às Ruínas Jesuíticas, playground infantil, trilhas, redário e demais áreas livres do parque.
Pacote Aventura: Entrada Inteira R$ 77,00 / Entrada Meia R$ 72,00
Obs. Estão inclusas todas as atividades, com acesso ilimitado, exceto o Bumper Boat, Trilha de Bicicleta e Circuito de Bicicletae que estão limitadas a 1 passeio.

Cada atividade tem um valor e restrições de peso, altura e idade. Por exemplo: arco e flecha – custa R$ 16,00 e é a partir de 7 anos. No site é possível consultar todos esses valores e restrições. Então, antes de comprar o ingresso, vale a pena fazer as contas para verificar se compensa comprar o pacote ou apenas a entrada e pagar as atividades que fizer. Eu comprei o pacote para todos, e valeu muito a pena para mim e os meninos, pois aproveitamos quase todas as atrações. Já meu marido, que não gosta muito de aventura, poderia ter comprado o ingresso apenas para conhecer, pois não brincou em quase nada (exceção foi a trilha de bicicleta e o golfe). Fica a dica.

Cheiros

domingo, 11 de setembro de 2016

Fortaleza com criança - Ipark

Estive, com os filhotes, em Fortaleza, recentemente, e fiquei feliz em descobrir dois passeios para eles além do Beach Park e de praias, e achei legal compartilhar nossa experiência.

A primeira opção foi o Ipark, que está localizado na cidade de Maranguape, a 30 km de Fortaleza, na propriedade onde funcionou a primeira unidade de fabricação da cachaça Ypióca, uma das mais famosas do Brasil.

Como chegar (www.ipark.tur.br)
 A outra opção foi o Engenhoca Parque, mas isso é assunto para outro post (leia aqui).

O Ipark é dividido em três áreas temáticas: Campo de Lazer, Campo Tático e Campo de Aventura. Como o parque é muito grande e essas áreas ficam distantes umas das outras, tem um trenzinho (chamado de Jardineira) que circula entre os campos, a cada 15 minutos.
Mapa do Parque (www.ipark.tur.br) 


O Campo de Lazer fica na entrada do parque e é onde estão localizados o estacionamento, bilheteria, mini fazenda com alguns animais, casa grande com um jardim bem legal para piqueniques (inclusive cestas de piquenique com toalha podem ser alugadas lá mesmo), o engenho velho (onde funcionou um engenho de cana de açúcar de 1970 a 1996), um playground, o iClubinho (espaço climatizado para crianças menores de 8 anos com vários brinquedos, livros, etc), pequeno açude com pedalinhos, passeio de charrete e de bicicleta, passeio de cavalo e pônei, um redário na sombra (deu uma vontade de deitar lá depois do almoço.....pena que os meninos não concordaram comigo nesta questão...kkkk), além do restaurante (em estilo self service com comida regional).








Aluguel de cesta e toalha para piqueniques
A comida não estava maravilhosa, apenas passável. Existem, também, lanchonetes para lanches rápidos, bebidas e sorvetes (nas três áreas).



No Campo de Lazer também estão o Big Tonel, o maior tonel de madeira do mundo com 8 m de altura, 7,5 m de diâmetro e capacidade para 374 mil litros, e o Museu da Cachaça, que funciona na casa construída no século XIX pelo patriarca da família: Dario Telles de Menezes, e abriga grande acervo de fotos, documentos, maquinário, toneis e garrafas de cachaça que remetem à história da família e da cachaça Ypióca. Tem visita guiada, porém em horários fixos e, infelizmente os meninos não quiseram esperar, então visitamos bem rapidinho e por nossa conta.
 
Big Tonel
Museu da Cachaça
O museu é bem interessante, pena que não pode tirar foto. Além das várias fotos e documentos que contam a história da família Telles de Menezes (que começou com a chegada de Dario Telles de Menezes, em 1843, à Maranguape vindo de Portugal, com um pequeno alambique de cerâmica e experiência na fabricação de aguardente), tem uma simulaçao do processo de fabricação artesanal da cachaça, com a plantação da cana, moagem, fermentação, destilação e embalagem, e um bar com móveis, decoração e música da década de 30, onde é possível degustar a cachaça. Ao final, uma lojinha para quem quiser comprar uma “caninha” para tomar em casa ou uma lembrancinha com o nome do parque.



É oferecido aos visitantes, de cortesia, um caldo de cana (que a gente pega próximo à entrada do restaurante) e, para os maiores de 18 anos, uma dose de cachaça (durante a visita ao museu). O caldo de cana estava geladinho e super gostoso (tomei os três, pois os meninos acham muito doce e não gostam – mas não encarei a cachaça: estava dirigindo né? snif snif).

No Campo Tático estão as atividades de arco e flecha, o paintball, o arvorismo infantil e o muro de escalada. O paintball estava em manutenção, então enquanto o caçula fazia o percurso no arvorismo infantil, fui com o mais velho para o arco e flecha (nos achando o próprio Oliver Queen, de Arrow.....kkkkk). Eles ainda enfrentaram o muro de escalada, ou pelo menos alguns metros dele.....pense num negócio difícil de subir.








No Campo de Aventura estão as atividades mais radicais e também com maiores restrições quanto à idade, peso e altura. São dois açudes enormes onde ficam os passeios de lancha, banana boat, caiaque, stand up paddle, muro de escalada, arvorismo, high jump, fly slackline, giro master, três tirolesas (apenas uma é infantil), além da possibilidade de tomar banho de açude para se refrescar. Aqui, o caçula só aproveitou o passeio de lancha e a tirolesa infantil. Os demais tinham restrições para ele. Já o mais velho aproveitou bastante.....apesar no caldo que levou no banana boat....kkkk










Fica a dica: levar uma roupinha extra. E também ir de tênis, pois no arvorismo tem que usar sapato fechado. E fundamental não esquecer do protetor solar e boné...o sol no Ceará é quente mesmo.

Foi um dia bem divertido. Os meninos adoraram. Super recomendo.

Uma dica é tentar chegar na hora que o parque abre para aproveitar todas as atividades. Chegamos perto do meio dia e, mesmo com o parque bem vazio, saímos quando fechou e não fizemos todas as atividades.

Site:
Horário:
Quinta a Domingo: 10 às 17 h
Nos meses de Janeiro e Julho: Terça a Domingo: 10 às 17 h
Ingresso:
Apenas a entrada: Inteira R$ 32,00 / Meia R$ 16,00
Obs. Dá direito a entrada no parque, visita ao Museu da Cachaça e passeio na Jardineira.
Pacote Aventura: Entrada Inteira + Atividades* R$ 94,00 / Entrada Meia + Atividades* R$ 78,00
*Atividades: estão inclusas todas as atividades, exceto o paintball e passeio a cavalo/pônei (que paga a parte). E as atividades arco e flecha, wakeboard e passeios de lancha e banana boat estão limitadas a 1 passeio.

Cada atividade tem um valor e restrições de peso, altura e idade. Por exemplo: arco e flecha – custa R$ 18,00 e é a partir de 10 anos. No site é possível consultar todos esses valores e restrições. Então, antes de comprar o ingresso, vale a pena fazer as contas para verificar se compensa comprar o pacote ou apenas a entrada e pagar as atividades que fizer. Eu comprei o pacote para mim e para os meninos, mas como o caçula tinha algumas restrições de idade e altura, não pôde brincar em tudo, e consequentemente eu também não, pois não quis deixá-lo sozinho (mesmo os monitores sendo atenciosos e dizendo que olhariam ele para eu aproveitar as outras atividades). No meu caso não compensou comprar o pacote, pois apenas fiz o arco e flecha, o pedalinho e o passeio de lancha (se tivesse pago apenas a entrada e as atividades que fiz, teria gasto R$ 77,00, ao invés do valor do pacote, R$ 94,00). Já para os meninos compensou sim comprar o pacote, pois aproveitaram quase todas as atividades. Fica a dica.


Cheiros.