terça-feira, 30 de outubro de 2012

Bonito / MS


Tinha um resto de férias e estava sem companhia para viajar: o marido não podia, as amigas não toparam a ideia de viajar sem os respectivos maridos e filhos (caretice, hein???? Temos que tirar férias de marido e filhos sim. Faz bem para a relação e a cuca...rsrsrsrs), enfim fui só.
Meu sonho era conhecer a Turquia, mas aí o maridão tem que ir né ???? Pesquisei alguns destinos aqui no Brasil e fiquei encantada por Bonito, no Mato Grosso do Sul. Resolvi aventurar e fui.........
Bonito não é bonito não.....é lindo.....Adorei.......Já estou planejando voltar, agora com maridão e filhotes.......
Vamos à aventura!
Chegando em Bonito:
A viagem é cansativa, pois tive que ir para Campo Grande, via Guarulhos, e Bonito fica distante 280 km da capital. Lembrar do fuso horário – 1 hora a menos em relação a Brasília. Ou seja, saí de Recife no voo às 8h40 e cheguei em Bonito às 21h30
Tem voo para Bonito, porém apenas nas quintas e domingos, e em avião de menor porte. Se eu tenho medo de andar em avião normal, imagina em pequeno..... Não quis arriscar.
Trip (www.voetrip.com.br)
Campo Grande / Bonito às 12h02 (voo direto)
Bonito / Campo Grande às 12h55 (com 1 parada)
Em Campo Grande peguei uma van para Bonito, às 15h30, cuja trajeto leva 4 h. Tem uma paradinha de 10 minutinhos, no meio do caminho, para uma ida ao banheiro e comer uma besteirinha. Como a previsão de chegar em Bonito era 20h00 da noite achei melhor fazer uma boquinha mais caprichada, pois não tinha certeza da localização da pousada e se tinha restaurante perto. E foi o que aconteceu...A van saiu atrasada e choveu bastante durante a vigem, então só cheguei às 21h30, super cansada, louca para tomar banho e cair na cama.
As estradas (BR 060 / BR 419 : Campo Grande – Sidrolândia – Nioaque – Guia Lopes da Laguna - Bonito) são novas, super bem sinalizadas, com pouco tráfego. Apenas um pequeno trecho próximo a Bonito é que está em condições precárias. Se bem que achei as estradas fantásticas... Se comparar com as estradas de Pernambuco..., um tapetinho.
O serviço de van é oferecido por duas empresas:
Vanzella (www.vanzellatransportes.com.br)
Campo Grande – Bonito: Saídas: 13h00 / 14h30 Embarque Aeroporto Internacional
Bonito - Campo Grande: Saídas: 07h30 / 10h30 Embarque local de hospedagem
Coopervans Pantanal (www.coopermsvans.com.br)
Campo Grande – Bonito: Saídas: 15h30 Embarque Sede Coopervans Rua Barão do Rio Branco, 177
(distância do aeroporto até o local de saída da van são 20 minutos, se for da rodoviária são 40 minutos)
Bonito - Campo Grande: Saídas: 05h00 Embarque local de hospedagem
Ida e volta R$ 140,00 por passageiro. E o melhor, a van deixa você no endereço que você quer.
Aqui vai a primeira dica – se estiver viajando sozinho como eu, a melhor opção é ir de van, pois é mais seguro e você não precisa se preocupar com mapas, estradas, caminhos, etc. Porém se tiver mais gente, o ideal é alugar um carro em Campo Grande, pois facilita em muito a locomoção entre os passeios e pode ser mais barato.
Na volta para Campo Grande usei o serviço de ônibus de linha, pois meu voo saía de Campo Grande às 9h00 e não dava tempo de usar a van. Voltei na véspera a tarde e dormi em Campo Grande.
Somente uma empresa presta serviço rodoviário – Cruzeiro do Sul, com os seguintes horários:
Campo Grande – Bonito
07h00 / 11h00 / 16h00 – Ônibus (duração 5 a 6 horas)
09h00 / 15h30 – Micro-ônibus (duração 4 horas)
Bonito – Campo Grande
05h30 / 09h00 / 14h30 – Ônibus (duração 5 a 6 horas)
12h00 / 18h00 – Micro-ônibus (duração 4 horas)
Decidi pelo ônibus das 14:30 h, pois fiquei com medo de chegar muito tarde em Campo Grande e ter dificuldade em localizar o hotel e se o serviço de taxi era seguro. Porém se soubesse como a viagem seria demorada, que a rodoviária é super bem localizada e organizada, com serviço de taxi credenciado, teria escolhido o microônibus das 18h.
Como a viagem de ônibus não era direta, teve várias paradas durante o percurso, inclusive com troca de ônibus...Ui.....primeira vez que fiz conexão de ônibus...e no meio da estrada (um horror). A viagem demorou 6:20 h (tudo bem que fomos parados pela Polícia Rodoviária Federal que fez o serviço completo com entrevista dos passageiros e revista aleatória de bagagens – gastando em torno de 30 minutos nesta operação).
E aqui fica outra dica...evitem este serviço...é demoradíssimo e desconfortável. Procurem agendar o voo de retorno que fique compatível com os horários das vans que saem de Bonito às 5h00, 7h30 e 10h30 h da manhã.
Onde ficar:
A pousada que escolhi, pesquisando na internet, foi a Eco Pousada Villa Verde (www.pousadavillaverde.com.br), pequenininha, porém bastante arborizada e agradável. Os donos (um casal muito simpático com dois filhos pequenos) moram lá e fazem todo o diferencial no atendimento. Vale o registro da atenção que recebi dos funcionários, em especial de Jarbas, que providenciou todos os meus passeios. A desvantagem desta pousada é que ela fica distante do centro de Bonito, apesar de estar a 50 m da rua principal. Porém a rua principal deve ter uns 4 km de extensão, em ladeira leve. Para descer é uma beleza, mas na volta...subindo...após um dia de muita caminhada...ninguém merece. Esta desvantagem, também é uma vantagem, pois não tem o barulho do centro da cidade, acordei todos os dias com o canto dos pássaros.


Conheci várias pessoas, durante os passeios, que estavam em pousadas diferentes. Escutei elogios às Pousadas Gira Sol, Jarinu e Bonsai. A maioria das pousadas é simples, porém oferece o básico em conforto. Existem hoteis maiores e com infraestrutura melhor, porém são distantes do centro da cidade. Se estiver de carro e for com crianças, talvez valha a pena pesquisar opções maiores com melhores instalações.
Escolhendo os passeios:
Passei 5 dias em Bonito e tentei fazer um passeio de cada tipo (contemplação, gruta, flutuação, aventura e cachoeira). Pesquisei nos sites das agências de turismo e em blogs para descobrir quais os passeios mais interessantes, porém quando cheguei em Bonito e conversei com outros turistas, todos os passeios são interessantes, portanto o tempo que você passar lá é insuficiente para aproveitar ao máximo esta região maravilhosa. Ou seja, o passeio que escolher, vai valer a pena.
Cada passeio tem um número máximo de visitantes por dia, portanto é interessante efetuar as reservas com antecedência, principalmente se for no período de alta estação (algumas pousadas também são agência de turismo). Qualquer reserva para os passeios deverá ser efetuada numa agência de turismo local. A agência se responsabilizará pela reserva, contratação do guia de turismo que irá acompanhá-lo o e emitirá um voucher com a autorização para realização do passeio. Não vá direto para a atração, achando que pode comprar a entrada lá, pois eles não vendem, só nas agências de turismo (vi acontecer na Gruta do Lago Azul).
Conforme lei municipal, para visitação dos atrativos turísticos de Bonito é obrigatório o acompanhamento do Guia de Turismo local credenciado pela EMBRATUR e cadastrado na prefeitura.
Todos os passeios são pagos, e o transporte é por conta do turista (se estiver de carro próprio ou locado, não se preocupe, o caminho até as atrações é bem sinalizado). As próprias agências oferecem transporte compartilhado para levar e trazer dos passeios.
Minha programação:
1º dia - Buraco das Araras (manhã) e Flutuação no Rio da Prata (tarde)
Buraco das Araras – distante 54,1 km (www.buracodasararas.com.br)
No receptivo da atração, tem banheiro, lanchonete e lojinha de lembrancinhas (super limpo e organizado). O passeio consiste numa trilha, com duração de 1 hora, ao redor de uma dolina (dolina: conhecida popularmente como sumidoro - é uma depressão no solo característica de relevos cársticos, formada pela dissolução química de rochas calcárias abaixo da superfície. Geralmente possuem formato aproximadamente circular e são mais largas que profundas) de 124m de profundidade e 160m de diâmetro, onde habitam araras vermelhas e outras aves, com um lago no fundo onde é possível avistar um jacaré de papo amarelo. A trilha possui dois mirantes (um de cada lado) onde é possível observar o voo das araras, sua algazarra, além de apreciar a fauna e flora desta região. A quantidade de araras é impressionante e de uma beleza ímpar.



Durante a contemplação das aves, o guia dá explicações sobre a região, sobre a dolina, e principalmente sobre as araras (curiosidades, hábitos), além de ajudar a ver o jacaré (pense numa dificuldade...todo mundo já tinha visto o jacaré e eu ainda estava procurando...) e tirar fotos fantásticas.

Levar: máquina fotográfica e/ou filmadora, boné ou chapéu, repelente e protetor solar.
Preço: adulto R$ 38,00 / crianças de 7 a 10 anos R$ 30,00 / crianças menores de 7 anos cortesia
Este passeio pode ser feito junto com a Flutuação do Rio da Prata, pois ficam bem próximos (distantes 10,5 km).
Flutuação no Rio da Prata – distante 50,2 km (www.riodaprata.com.br)

No receptivo da atração (super limpo, organizado e bonito), o guia dá orientações gerais sobre o passeio e como devemos nos comportar em termos de segurança, alem de vestirmos roupa e sapato de neopreme (tipo mergulhador) que protege da água fria (a locação da roupa, das máscara e snorkel já está inclusa no valor do passeio). Não podemos levar nada; se quiser usar máquina fotográfica, só a subaquática que pode ser locada no próprio receptivo, se não tiver a sua. Apesar do preço salgado (R$ 60,00) vale a pena. Na cidade consegue-se alugar por valores menores. A minha, a pousada providenciou por R$ 55,00, mas vi anúncios na cidade por R$ 40,00 e R$ 35,00.
Um carro aberto (tipo caminhão) leva o grupo (grupos de até 9 pessoas – no meu grupo, éramos 6) até o início do passeio que começa com uma trilha na mata ciliar (aproximadamente 50 minutos) observando aves e animais silvestres, até a nascente do Rio Olho d´Água. Neste local, recebemos orientações sobre a flutuação, testamos as máscaras e snorkel e começamos a aventura. Senti como se estivesse num aquário – a água é cristalina e a leve correnteza do rio leva a gente flutuando, não precisa nadar, apenas curtir o momento e apreciar a quantidade enorme de peixes: piraputangas, dourados, piaus, curimbatás, matogrossinhos e outros. A emoção ficou por conta do guia, que parou o grupo para vermos uma anta enorme, escondidinha pela vegetação, dentro do rio. Muito legal.

 O percurso de flutuação é de aproximadamente 2 km, até o encontro com o Rio da Prata. A partir daí, pode-se ir nadando até o final do percurso ( +/- 800 m) ou pegar um barquinho de motor elétrico (claro que subi no barquinho rsrsrsrs....). No final do percurso, o transporte está esperando para nos trazer de volta ao receptivo. O passeio dura em torno de 4 horas e tem almoço incluso.



Como meu passeio foi a tarde, almocei primeiro (delicioso...diga-se de passagem) e descansei numa rede maravilhosa para depois começar a flutuação. Quem faz o passeio pela manhã, almoça na volta da flutuação.
Durante a flutuação é proibido o uso de protetor solar e repelente.
Levar: roupa de banho, máquina subaquática, toalha, muda de roupa para trocar depois do passeio.
Preço: R$ 165,00 (alta temporada) / R$ 138,00 (baixa temporada)
Idade mínima para visitar a nascente – 4 anos, e para descer o rio – 8 anos (desde que acompanhada dos pais ou responsável). As idades mínimas são flexíveis de acordo com o porte físico e aptidão da criança, avaliados pelo guia e gerente do passeio.
2º dia – Gruta de São Miguel, Gruta do Lago Azul (manhã) e Arvorismo (tarde)
Gruta de São Miguel – distante 15,5 km (www.grutasdesaomiguel.com.br)
No receptivo da atração, muito bonito e organizado, recebemos capacete e lanterna para iniciar o passeio, que dura em torno de 1h30. Para ter acesso a entrada da gruta, vamos por uma emocionante trilha pênsil com quase 200 metros de extensão, que permite caminhar por entre as copas das árvores em meio à mata virgem. Muito legal.



A Gruta Principal mostra uma imensa quantidade de espeleotemas, formações calcáreas antiqüíssimas, e de uma variedade de formas impressionante.
Durante o passeio, visualizamos estalactites, estalagmites, travertinos, coralóides e pérolas, além de ver a coruja suindara (conhecida como coruja albina).
Para ser sincera, não achei nada de extraordinário....Valeu mais pela trilha pênsil e a vista do mirante no receptivo.
Levar: água, máquina fotográfica, tênis ou outro calçado antiderrapante, protetor solar e repelente.
Preço: R$ 30,00
Idade mínima para visita -  5 anos.
O passeio para conhecer as duas grutas pode ser feito junto, pois as grutas ficam bem próximas (distantes 8,7 km).
Gruta do Lago Azul  – distante 19 km
Considerada o cartão postal de Bonito, vale demais a visita. É simplesmente encantador. O azul do lago é fantástico (apesar do guia explicar que o lago pode não ser azul, por diversos fatores de ilusão ótica).
O receptivo é simples e não muito organizado, mas recebemos orientações antes de iniciar o passeio e também capacete para segurança. Achei legal, pois eles entregam, junto com o capacete, uma touquinha descartável (higiene é bom demais....rsrsrsr).
O grupo é acompanhado por um guia da atração que dá todas as orientações, explicações sobre a gruta, responde dúvidas e curiosidades, além de tirar fotos durante o passeio, que podem ser compradas no receptivo (achei o preço salgado – R$ 10,00 cada foto). A dica é colocar sua máquina no modo noturno (slow) para captar o azul do lago.
 Após percorrer uma trilha descendo (trilha bem íngreme) cerca de 100 metros, equivalente a um prédio de 12 andares, conhecendo diversos espeleotemas, pode-se visualizar o famoso lago de águas intensamente azuis e com mais de 80 m de profundidade. Depois tem que subir..haja preparo físico...rsrsrsrsrs
Descoberta por um índio Terena em 1924, a caverna possui em seu interior um lago azul com dimensões que a tornam uma das maiores cavidades inundadas do planeta. Em 1992 uma expedição Franco-Brasileira de espeleomergulhadores, encontrou uma série de fósseis de mamíferos - como o tigre de dente de sabre e preguiça gigante - que viveram durante o período geológico do Pleistoceno - 6.000 a 10.000 anos atrás.
A área interna da gruta está sendo reformada com a construção de passarela de acesso, com corrimão e degraus, o que vai facilitar muito a visita, pois atualmente a descida e subida é feita pela mesma trilha de terra e pedras, o que torna o passeio mais lento e perigoso. Se chover, a gruta é fechada, pois a trilha fica escorregadia e podem ocorrer acidentes.
Levar: água, máquina fotográfica, tênis ou outro calçado antiderrapante (não pode entrar de sandália – no receptivo tem papete para alugar), protetor solar e repelente.
Preço: R$ 36,00
Idade mínima para visita -  5 anos.
Arvorismo  – distante 6 km (www.hotelcabanas.com.br)
O Cabanas Arvorismo é um circuito com 20 atividades diferentes. São 18 obstáculos e duas tirolesas, sendo a última uma tirolesa aquática. O passeio é realizado com total segurança (luvas, capacete e cintos de segurança) utilizando um moderno sistema de vagão com cabo de vida contínuo, onde o turista não se desconecta em nenhum momento durante os obstáculos.
Minha intenção era o Bóia Cross, no mesmo local, mas como os instrutores estavam em treinamento a opção foi o Arvorismo. Fui morrendo de medo (a vontade de desistir era enorme), pois tenho medo de altura, mas os instrutores foram muito atenciosos, incentivando o tempo todo. Consegui vencer todas as etapas.....uhuhuhuhuhu. Muito legal e super seguro. A tirolesa é jóia. Só não fui na tirolesa aquática, pois esqueci de levar um muda de roupa.
 
Levar: máquina fotográfica (a atração disponibiliza um fotógrafo durante o passeio para quem quiser compra o CD com as fotos no receptivo – R$ 30,00), toalha, muda de roupa, tênis, protetor solar e repelente.
Preço: adulto R$ 85,00 / crianças R$ 78,00
Idade mínima para visita -  6 anos.
3º dia – Fazenda San Francisco no Pantanal Sul (dia inteiro)
Fazenda San Francisco  – distante 160 km (www.fazendasanfrancisco.tur.br)
Passeio de dia inteiro, saindo às 5h00 e retornando às 21h00. Na ida e na volta, o transporte faz uma paradinha para quem quiser tomar um lanche e ir ao banheiro.

O passeio consiste em um Safári Fotográfico, pela manhã,  em carro aberto pelos campos de arroz irrigado para ver aves, jacarés, capivaras, veados, tuiuiús, gaviões e reservas florestais. Almoço no receptivo (incluso) e, durante a tarde,  passeio de chalana pelo Corixão São Domingos, um braço do Rio Miranda, com parada para pescaria de piranhas. Tentei pescar, mas não tive muita afinidade com piranha não...rsrsrsrs. Elas nem me deram bola.

  


Só faltou a onça....Neste dia ela não apareceu, para tristeza geral. Mas o jacaré, com seu espetáculo em comer as piranhas que o guia jogava no rio, compensou.
No retorno do passeio, tem um lanchinho esperando os turistas.
A fazenda também funciona como pousada e oferece, a noite, a focagem de animais, além de outros passeios. O receptivo é muito organizado e os funcionários, simpáticos e atenciosos. Eles entregam uma comanda individual para o consumo durante o dia – água, refrigerante e cerveja durante os passeios  e no receptivo – e paga na saída. Bem prático, né?
Levar: água para o percurso na van, máquina fotográfica ou filmadora, boné ou chapéu, protetor solar e repelente.
Vale a pena levar toalha e roupa de banho, pois entre um passeio e outro, antes do almoço, dá para se refrescar na piscina do receptivo. Como não sabia desta dica, fiquei na rede, ouvindo Almir Sater cantando “Lá vai a chalana........”, com uma cerveja bem geladinha, porém morrendo de inveja das pessoas que estavam na piscina, pois o calor estava muito grande, em torno de 39ºC.
Preço: adulto R$ 159,00 / crianças de 5 a 11 anos R$ 114,00 / crianças menores de 5 anos cortesia
4º dia – Estância Mimosa (tarde)
Aproveitei a manhã deste dia para comprar a passagem de volta a Campo Grande e justificar minha ausência nas eleições municipais 2012.
Estãncia Mimosa  – distante 22,6 km (www.estanciamimosa.com.br)
O receptivo da estância é muito bonito e agradável, com muitas árvores e flores, além de um lago com jacarés. Como meu passeio era a tarde, há almoço antes do passeio e lanche no final (incluso no passeio). Quem faz o passeio pala manhã, tem um lanche antes e o almoço no final do passeio. O passeio consiste numa trilha interpretativa, de 3,5 km, em meio a exuberante mata ciliar do Rio Mimoso com paradas para banho em cachoeiras e piscinas naturais.


São 11 quedas d´água, de tamanhos variados, de beleza fantástica, e o banho é maravilhoso. Apesar da água gelada, como fazemos caminhada para chegar aos locais de banho, é super relaxante. O passeio dura em torno de 3h30.

 
O guia que acompanha o grupo vai explicando sobre a vegetação e mostrando os animais, além de tirar fotos fantásticas que podem ser compradas no final do passeio (CD com todas as fotos R$ 30,00).
Levar: água, máquina fotográfica ou filmadora, boné ou chapéu, protetor solar, repelente, roupa de banho, toalha e muda de roupa. O ideal é ir de papete, pois o tênis pode molhar e tem que tirar para entrar na água. Quem quiser, pode locar (R$ 2,00 ou R$ 3,00 – não lembro direito) botas de neopreme no receptivo (melhor opção, pois não precisa tirar para entrar na água).
Preço: adulto R$ 92,00 / crianças de 5 a 11 anos R$ 80,00 (baixa temporada)
          adulto R$ 102,00 / crianças de 5 a 11 anos R$ 92,00 (alta temporada)
5º dia – Bote no Rio Formoso (manhã)
Bote no Rio Formoso  – distante 11,8 km
Existem várias empresas que oferecem passeios de bote do Rio Formoso. As agência normalmente indicam aquela empresa com a qual trabalham, mas não tem diferença no passeio. Todos são iguais e fazem o mesmo percurso.
O passeio é realizado em botes infláveis pelo Rio Formoso, num percurso de 6 km, passando por três cachoeiras com uma parada para banho de aproximadamente 20 minutos (não tive coragem de entrar no rio, pois a área de banho fica próxima do ninho de uma sucuri com cerca de 6 metros – só que a sucuri não estava no ninho, portanto poderia estar dentro d´água....arriscar prá quê, né????). Durante o percurso, que fiz sozinha com o guia-condutor, pude contemplar várias aves (tucanos enormes) e árvores às margens do rio, inclusive uma sucuri pequena enroscada numa árvore submersa.
O desembarque é feito na Ilha do Padre, uma espécie de balneário, com boa infra-estrutura (banheiros, lanchonete e restaurante, além de lojinha de artesanato), e vários decks e cachoeiras para banho.

 
Levar: máquina fotográfica ou filmadora (durante o passeio não é permitido levar máquina fotográfica), boné ou chapéu, protetor solar, repelente, chinelo, roupa de banho, toalha e muda de roupa.
Preço: adulto R$ 77,00 / crianças de 5 a 10 anos R$ 65,00
A cidade de Bonito:
Bonito possui várias opções de restaurantes e lanchonetes, com cardápio variado, porém o forte mesmo são os peixes, claro né ???? Fiz cada refeição em um local diferente para experimentar.....todos aprovados. Só faltou experimentar jacaré, mas o prato era grande só para uma pessoa e não foi desta vez....
Vale a pena conhecer o Restaurante Casa do João e comer o peixe traíra, o Pastel Bonito e provar o pastel pantaneiro e se deliciar com a pizza de mandioca no Bar Oca – A Casa da Mandioca.
Todo o agito acontece em torno da Praça da Liberdade, com o Monumento das Piraputangas (peixe da região), onde estão os restaurantes, bares, agências bancárias, agências de turismo, várias pousadas e lojas de artesanato e lembrancinhas.
A população é muito atenciosa e simpática. A cidade é segura e todos são unânimes em dizer que os policiais só ficam passeando de carro, pois não tem ocorrências para atender, apenas um ou outro que exagera na bebida e precisa ser repreendido.
A cidade conta com agências bancárias do Banco do Brasil e Bradesco, porém a maioria dos estabelecimentos aceita cartão de crédito/débito.
Em Bonito tem serviço de taxi e de mototaxi. Usei o serviço de taxi algumas vezes para subir a ladeirinha para a pousada, após o jantar né???....Mas é muito caro....R$ 12 (pelos 4 km do centro até a Pousada). Não tive coragem de usar o mototaxi (não me imaginei colocando o capacete e sentando na garupa de um desconhecido....era demais rsrsrsrsrs) porém sai bem mais barato, o mesmo percurso custava R$ 5.
Os passeios abaixo, podem e devem ser feitos a noite, pois ficam dentro da cidade de Bonito. Aproveitei que o passeio do Arvorismo terminou cedo e pedi para o transporte me deixar na fábrica da Taboa. Após a visita, jantei, e às 19h00 fui para o Projeto Jiboia.
Taboa – Fábrica de Cachaça  (www.taboa.com.br)
Fiz a visita só, pois cheguei às 17h00 e o horário que os turistas começam a chegar é mais tarde. Foi ótimo, pois tive exclusividade da guia que me levou para conhecer as duas oficinas de artesanato com argila e palha (fiz uma plaquinha de argila que eles colocam na parede de lembrança da nossa visita – bem legal), pela área de cultivo de ervas que são adicionadas à cachaça (como estava só, a guia me deu todas as ervas para cheirar, uma delícia). No final da visita, tem espaço para degustação das cachaças. Tinha cachaça de todo tipo: experimentei a tradicional e de goiaba. Super gostosas. A lojinha de artesanato também é muito legal.

 
 
Preço: R$ 25,00
Projeto Jiboia  (www.projetojiboia.com.br)
O projeto Jibóia consiste em uma palestra (com início às 19h00) desmistificando as serpentes – o que é verdade e o que é mito, assim como um trabalho de educação ambiental visando a diminuição da matança indiscriminada das serpentes na natureza e a criação de exemplares em cativeiro para suprir o mercado de animais de estimação evitando a coleta no meio ambiente (Ui....animal de estimação...cada mania). A palestra é feita por Henrique, apreciador e criador de cobras há mais de 15 anos. Ele fala uns 30 minutos, com a jibóia passeando pelo pescoço dele (fiquei arrepiada o tempo todo e olhando a saída, pois a vontade era de ir embora – tenho verdadeiro pavor de cobras). Ficava pensando: “o que é que eu estou fazendo aqui?”.
No final da palestra, as pessoas são convidadas a tirar fotos com a jibóia no pescoço, conforme a ordem de chegada. Eu era a número 4 – só me lembrava do filme “Eu sou o número 4” e pensava, mais um, mais um, mais um e eu...... Minha intenção era assistir a palestra, ver a cobra e ir embora. Colocar no pescoço......., nunca, jamais, em tempo algum. Porém, Henrique passa muita segurança e as pessoas que foram antes de mim disseram que tinham medo, mas encararam o desafio. Se eles foram, eu não podia ficar atrás, né? Fui........Coloquei a cobra no pescoço e tirei fotos.....Praticamente não me mexi...a cobra também ajudou, pois também não se mexeu....rsrsrsrsrsrs. Realmente não é fria nem pegajosa....parece um tecido mais grosso, em temperatura normal.
Vale a pena ir....pelo menos para tirar fotos...e mostrar que você foi, pois o meu pavor continuou. Meu filho, quando viu a foto, disse: “mas mãe, você não tem medo de cobra?”
Preço: R$ 20,00
Lembrar de levar sempre na mochila:
- água
- lanchinho básico (fruta, barrinha de cereal, pacotinho de biscoito, etc)
- repelente e protetor solar (apesar de algumas atrações não permitirem o uso de repelente e protetor solar, vale a pena levar, pois o sol é muito forte e os mosquitos, enormes).
- boné ou chapéu
- roupa de banho, toalha e muda de roupa
Espero que as dicas sejam úteis.
Bjs.