segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Machu Picchu: eu fui

Férias...tão sonhadas e necessárias. Tinha um saldo de férias e resolvi conhecer Machu Picchu, um lugar que tinha muita vontade de visitar, mas não tinha tido ainda a oportunidade. E ela surgiu agora...uhuhuh

Roteiro decidido, passagens compradas, pacote de passeios comprados, vacina tomada (não é obrigatória), lá fui eu.....sozinha (maridão não tinha férias e também não tinha vontade de conhecer o local).

Obs. A vacina contra febre amarela não é obrigatória para quem vai viajar para esta região do Peru (porém é recomendada). Se optar por tomar a vacina, procurar um posto de saúde que ofereça a vacina contra febre amarela (aqui em Recife, fui na Policlínica Albert Sabin, próximo ao Parque da Jaqueira), com seu cartão de vacina, onde o atendente irá registrar o nome do posto de saúde, o nome da vacina, o número do lote e validade (se não tiver um cartão de vacina, o atendente entregará um comprovante de vacinação). Não me pediram nenhum comprovante da viagem, apenas perguntaram para onde estava viajando. De posse destes dados, ir até o posto da Anvisa (aqui em Recife fica no aeroporto) para pegar o Certificado Internacional de Vacinação (imagem abaixo). Pronto....Lembrar de levar este certificado na viagem, porém ele não foi pedido durante o processo de imigração.

 

Vou contar minha aventura aos poucos, por dia, mas quero deixar algum comentários sobre a viagem:

Passei 4 dias efetivos no Peru (mais 2 dias para viagem de ida e volta....ôô lugar longe...kkk):
- um dia na cidade de Cusco
- um dia para Moray e Salineiras de Maras
- um dia pelo Vale Sagrado dos Incas
- um dia em Machu Picchu.

Foi corrido....acho que 5/6 dias são ideais para conhecer bem a região. A cidade de Cusco merece dois dias para conhecê-la com calma, visitar as igrejas e museus, e passear pelas ruas admirando a arquitetura. Já Machu Picchu pode ser conhecida com calma em 1 dia, principalmente se não for subir nenhuma montanha (existem duas montanhas dentro de Machu Picchu que possuem trilhas para chegar ao topo - Waynapicchu e Machu Picchu). Não fiz nenhuma das duas, por puro medo...kkkk...tenho medo de altura e não encarei o desafio. Se for subir uma destas montanhas, dá para fazer em um dia só, desde que durma em Águas Calientes, para chegar bem cedinho às ruínas, e pegar um dos últimos trens de volta para Cusco. Também é possível fazer um bate-volta a Machu Picchu – ir e voltar no mesmo dia - mas acho que fica cansativo, pois a viagem de trem dura 3:30 h. Conto como foi minha viagem de trem aqui.

Enfim, se tiver poucos dias, dá para aproveitar a viagem com 3 dias (sem conhecer Moray e as Salineiras de Maras); se tiver 4 dias, dá para fazer meu roteiro e sacrificar um pouco os atrativos de Cusco; se tiver 5 dias, vale a pena reservar 2 dias para Cusco; e se tiver 6 dias, além de reservar 2 dias para Cusco, reservar também 2 dias para Machu Picchu para subir as montanhas e conhecer cada cantinho das ruínas. Se tiver mais tempo disponível, então vale enfrentar o desafio e fazer uma das trilhas incas (tem de 3 e 5 dias) para chegar a Machu Picchu caminhando....(este é para os fortes e corajosos....kkk...que nada...conheci uma argentina “sedentária” que tinha feito a trilha e uma senhorinha com a filha, brasileiras, que estavam indo fazer a trilha).

Na chegada ao Peru, o processo de imigração foi super rápido, apenas perguntaram para onde estava indo, qual o motivo da minha viagem e quantos dias pretendia ficar. É necessário apresentar o passaporte (ou RG) e um documento, chamado Tarjeta Andina de Migración - TAM, que é preenchido ainda no avião, durante o voo de chegada. O canhoto deste documento fica conosco e deve ser devolvido no momento de saída do país, no controle do aeroporto. Portanto, guardá-lo em local seguro para não perdê-lo.

Após o processo de imigração, tem que pegar as malas e passar pelo controle de bagagens (que pode ou não ser abertas). Para despachar novamente as malas, para continuação da viagem, é preciso sair do aeroporto (isso mesmo, sair do prédio do aeroporto....uó), andar um pouco pela calçada e entrar novamente, apresentando passagem e passaporte. Achei bem estranho, mas explicaram que é para evitar assédio de taxistas e pessoas que ficavam oferecendo serviços aos passageiros, no saguão do aeroporto.

O aeroporto de Cusco é bem pequeno e a esteira de bagagens fica praticamente na calçada, inclusive com bastante assédio dos taxistas e pessoas oferecendo passeios, enquanto aguardamos as malas.

Como a região de Cusco vive basicamente do turismo, os turistas são muito assediados nas ruas por vendedores ambulantes que oferecem todo tipo de produtos (luvas, gorros, lembrancinhas, bonequinhas, peças em prata, etc) e serviços (passeios, guias, câmbio, etc), o que “chateia” um pouco, pois basta sentar na Plaza das Armas para apreciar a arquitetura em volta e já encosta uma pessoa para oferecer seus produtos ou serviços. E são bem insistentes, porém educados e simpáticos. Basta negar e agradecer algumas vezes (diga-se...muitas vezes)....que eles vão embora. A área em torno da Plaza das Armas é muito bem sinalizada e protegida, por vários policiais e carros de polícia, porém percebe-se que saindo um pouco deste centro histórico, as ruas ficam mais simples e mal cuidadas.
Policiamento Plaza de Armas
Área mais afastada do centro de Cusco
Andei muito a pé pelo centro histórico de Cusco, inclusive no início da noite, e não tive nenhum problema nem vi nada de diferente, passando a impressão de ser uma cidade segura e tranquila. Porém não dei bobeira.....não me afastei muito do centro histórico, nem fiquei pelas ruas até tarde da noite (até porque estava viajando sozinha, né?).

Outra coisa diferente é que os taxis não possuem taxímetro, ou seja, o valor da “corrida” é definido na hora, em negociação com o taxista. Sempre acerte o valor antes de entrar no carro, pois depois, se não combinar o preço antes, tem que pagar o que o taxista pedir. Uma dica é perguntar no seu hotel/pousada/albergue qual o valor justo a ser pago por um percurso de taxi. Fiz isto e descobri que o valor entre a Plaza de Armas e meu hotel era de 5 soles e quando o taxista me disse que o valor era este, nem negociei, aceitei tranquilamente.

E outra coisa muito importante....tirou foto com alguma senhora ou criança vestidas a caráter ou ao lado de lhamas, lembrar de pagar a “propina” que é uma gorjeta pela foto (estas pessoas vivem disto). Então ter sempre moedas no bolso (1, 2 ou 5 soles) para pagar a propina.

E por último, gostaria de registrar a simpatia e atenção dos peruanos. Todos, sem exceção, foram muito atenciosos e simpáticos, tirando dúvidas, ensinando como chegar aos locais, entendendo meu “portunhol” e se fazendo entender. Cabe também citar, o orgulho de alguns guias em contar a história do Império Inca e seus feitos.

Enfim, foi uma viagem diferente.....diferente pela cultura, pela história da civilização inca, pela falta de estrutura ao turismo (em alguns locais a estrutura é fraca ou inexistente) e pela beleza do local, principalmente de Machu Pichu.

No próximo post, vou mostrar os hotéis que fiquei em Cusco e Águas Calientes (clique aqui).

Cheiros.