Férias...tão
sonhadas e necessárias. Tinha um saldo de férias e resolvi conhecer Machu
Picchu, um lugar que tinha muita vontade de visitar, mas não tinha tido ainda a
oportunidade. E ela surgiu agora...uhuhuh
Roteiro
decidido, passagens compradas, pacote de passeios comprados, vacina tomada (não
é obrigatória), lá fui eu.....sozinha (maridão não tinha férias e também não
tinha vontade de conhecer o local).
Obs.
A vacina contra febre amarela não é obrigatória para quem vai viajar para esta
região do Peru (porém é recomendada). Se optar por tomar a vacina, procurar um
posto de saúde que ofereça a vacina contra febre amarela (aqui em Recife, fui
na Policlínica Albert Sabin, próximo ao Parque da Jaqueira), com seu cartão de
vacina, onde o atendente irá registrar o nome do posto de saúde, o nome da
vacina, o número do lote e validade (se não tiver um cartão de vacina, o
atendente entregará um comprovante de vacinação). Não me pediram nenhum
comprovante da viagem, apenas perguntaram para onde estava viajando. De posse
destes dados, ir até o posto da Anvisa (aqui em Recife fica no aeroporto) para
pegar o Certificado Internacional de Vacinação (imagem abaixo).
Pronto....Lembrar de levar este certificado na viagem, porém ele não foi pedido
durante o processo de imigração.
Vou
contar minha aventura aos poucos, por dia, mas quero deixar algum comentários
sobre a viagem:
Passei
4 dias efetivos no Peru (mais 2 dias para viagem de ida e volta....ôô lugar
longe...kkk):
-
um dia na cidade de Cusco
-
um dia para Moray e Salineiras de Maras
-
um dia pelo Vale Sagrado dos Incas
-
um dia em Machu Picchu.
Foi
corrido....acho que 5/6 dias são ideais para conhecer bem a região. A cidade de Cusco
merece dois dias para conhecê-la com calma, visitar as igrejas e museus, e
passear pelas ruas admirando a arquitetura. Já Machu Picchu pode ser conhecida
com calma em 1 dia, principalmente se não for subir nenhuma montanha (existem
duas montanhas dentro de Machu Picchu que possuem trilhas para chegar ao topo -
Waynapicchu e Machu Picchu). Não fiz nenhuma das duas, por puro
medo...kkkk...tenho medo de altura e não encarei o desafio. Se for subir uma
destas montanhas, dá para fazer em um dia só, desde que durma em Águas
Calientes, para chegar bem cedinho às ruínas, e pegar um dos últimos trens de
volta para Cusco. Também é possível fazer um bate-volta a Machu Picchu – ir e
voltar no mesmo dia - mas acho que fica cansativo, pois a viagem de trem dura
3:30 h. Conto como foi minha viagem de trem aqui.
Enfim,
se tiver poucos dias, dá para aproveitar a viagem com 3 dias (sem conhecer Moray
e as Salineiras de Maras); se tiver 4 dias, dá para fazer meu roteiro e
sacrificar um pouco os atrativos de Cusco; se tiver 5 dias, vale a pena
reservar 2 dias para Cusco; e se tiver 6 dias, além de reservar 2 dias para
Cusco, reservar também 2 dias para Machu Picchu para subir as montanhas e
conhecer cada cantinho das ruínas. Se tiver mais tempo disponível, então vale
enfrentar o desafio e fazer uma das trilhas incas (tem de 3 e 5 dias) para
chegar a Machu Picchu caminhando....(este é para os fortes e
corajosos....kkk...que nada...conheci uma argentina “sedentária” que tinha
feito a trilha e uma senhorinha com a filha, brasileiras, que estavam indo
fazer a trilha).
Na
chegada ao Peru, o processo de imigração foi super rápido, apenas perguntaram
para onde estava indo, qual o motivo da minha viagem e quantos dias pretendia
ficar. É necessário apresentar o passaporte (ou RG) e um documento, chamado Tarjeta
Andina de Migración - TAM, que é preenchido ainda no avião, durante o voo de
chegada. O canhoto deste documento fica conosco e deve ser devolvido no momento
de saída do país, no controle do aeroporto. Portanto, guardá-lo em local seguro
para não perdê-lo.
Após
o processo de imigração, tem que pegar as malas e passar pelo controle de
bagagens (que pode ou não ser abertas). Para despachar novamente as malas, para
continuação da viagem, é preciso sair do aeroporto (isso mesmo, sair do prédio
do aeroporto....uó), andar um pouco pela calçada e entrar novamente,
apresentando passagem e passaporte. Achei bem estranho, mas explicaram que é
para evitar assédio de taxistas e pessoas que ficavam oferecendo serviços aos
passageiros, no saguão do aeroporto.
O
aeroporto de Cusco é bem pequeno e a esteira de bagagens fica praticamente na
calçada, inclusive com bastante assédio dos taxistas e pessoas oferecendo
passeios, enquanto aguardamos as malas.
Como
a região de Cusco vive basicamente do turismo, os turistas são muito assediados
nas ruas por vendedores ambulantes que oferecem todo tipo de produtos (luvas,
gorros, lembrancinhas, bonequinhas, peças em prata, etc) e serviços (passeios,
guias, câmbio, etc), o que “chateia” um pouco, pois basta sentar na Plaza das
Armas para apreciar a arquitetura em volta e já encosta uma pessoa para
oferecer seus produtos ou serviços. E são bem insistentes, porém educados e
simpáticos. Basta negar e agradecer algumas vezes (diga-se...muitas vezes)....que
eles vão embora. A área em torno da Plaza das Armas é muito bem sinalizada e
protegida, por vários policiais e carros de polícia, porém percebe-se que
saindo um pouco deste centro histórico, as ruas ficam mais simples e mal
cuidadas.
Policiamento Plaza de Armas |
Área mais afastada do centro de Cusco |
Outra
coisa diferente é que os taxis não possuem taxímetro, ou seja, o valor da
“corrida” é definido na hora, em negociação com o taxista. Sempre acerte o
valor antes de entrar no carro, pois depois, se não combinar o preço antes, tem
que pagar o que o taxista pedir. Uma dica é perguntar no seu
hotel/pousada/albergue qual o valor justo a ser pago por um percurso de taxi.
Fiz isto e descobri que o valor entre a Plaza de Armas e meu hotel era de 5
soles e quando o taxista me disse que o valor era este, nem negociei, aceitei
tranquilamente.
E
outra coisa muito importante....tirou foto com alguma senhora ou criança
vestidas a caráter ou ao lado de lhamas, lembrar de pagar a “propina” que é uma
gorjeta pela foto (estas pessoas vivem disto). Então ter sempre moedas no bolso
(1, 2 ou 5 soles) para pagar a propina.
E
por último, gostaria de registrar a simpatia e atenção dos peruanos. Todos, sem
exceção, foram muito atenciosos e simpáticos, tirando dúvidas, ensinando como
chegar aos locais, entendendo meu “portunhol” e se fazendo entender. Cabe
também citar, o orgulho de alguns guias em contar a história do Império Inca e
seus feitos.
Enfim,
foi uma viagem diferente.....diferente pela cultura, pela história da
civilização inca, pela falta de estrutura ao turismo (em alguns locais a
estrutura é fraca ou inexistente) e pela beleza do local, principalmente de
Machu Pichu.
No
próximo post, vou mostrar os hotéis que fiquei em Cusco e Águas Calientes (clique aqui).
Cheiros.