segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

Salinas de Maras (ou Salineiras de Maras)

No início do passeio para Maras e Moray, no município de Chinchero, a 30 km de Cusco, a excursão dá uma paradinha numa tecelagem artesanal para demonstração e venda de artigos feitos em lã. Uma das artesãs demonstra como são fiados, lavados e tingidos (utilizando flores, folhas e raízes) os fios de lã de alpaca e lhama e como esses fios se transformam em belos casacos, luvas, gorros, etc. Enquanto assistimos a demonstração, que por sinal é bem interessante (tanto em espanhol quanto em inglês), é servido um chá (de muña – que é digestivo e ajuda no enjoo) bem quentinho e gostoso. Depois, é dado um tempinho (claro...excursão tem destas coisas, né?) para as compras.




Não vi nada de mais entre os produtos, nem diferença de qualidade nem de preço com os produtos que vi na cidade de Cusco, valeu mesmo pela demonstração.

Depois desta paradinha comercial “estratégica”, seguimos caminho para Maras – a 46 km de Cusco - um povoado pequeno e pobre e com aspecto de abandono (já que a população só passa parte do ano na cidade – apenas enquanto as salinas estão funcionando), onde está localizado as Salinas de Maras (cerca de 5 km afastada do povoado): um ponto turístico bem interessante.

A estrada de acesso às salinas é de terra, estreita (na sua maior parte suficiente apenas para um carro – pense num medo nas curvas.....kkkkk) e íngreme, dando muito medo, apesar da paisagem deslumbrante.
São mais de 3.000 piscinas, com 5m2 e uns 10 cm de profundidade cada, utilizando a mesma técnica da época inca, ou seja, as piscinas são preenchidas com água rica em sais que vem do topo da montanha, através de finas canaletas que interligam as piscinas, e quando evaporam (+/- durante 30 dias) deixam no fundo um depósito de sal (interessante a água brotar da montanha tão salgada, quando se está tão distante do mar – e bota salgada nisso....vale meter o dedo na piscina e experimentar a água...quando ninguém estiver olhando né?....kkk). Esta atividade é desenvolvida por mais de 300 famílias da região, em cooperativa, sendo grande parte da produção exportada para o mundo todo – que reconhece o sal como de alta qualidade para a culinária gourmet.



 
Passear pelas piscinas requer atenção e equilíbrio, pois não existe um caminho e sim as muretinhas que dividem as piscinas...ou seja, atenção para não cair na piscina (não tem perigo de morrer afogado, pois elas tem apenas 10 cm de profundidade, mas é muito mico, hein????? kkkkkk).

A vista é muito bonita, pois as salinas estão localizadas num vale com vista para o Rio Vilcanota.

Pena que em excursão, só dá para ficar pouco tempo apreciando o local (o guia só nos deixou passear por 20 minutos), após as explicações, por isso não deu para descer o vale e ver as piscinas mais baixas.

Lá também existem lojinhas que vendem o sal produzido no local, lembrancinhas, artesanatos feitos com sal, e lanches.

O ingresso custa 7 soles.


Espero que meus comentários sejam úteis.
 
Cheiros.

terça-feira, 16 de dezembro de 2014

Centro Qosqo de Arte Nativa

Espaço, na Av. El Sol, em frente ao jardim de Qorikancha, para apresentações de danças folclóricas peruanas e exposição de trajes tradicionais das diversas regiões do Peru.

O show consiste num grupo musical e num grupo de dançarinos, que apresentam canções e danças típicas da região. Antes de casa apresentação, uma jovem explica sua origem e significado em espanhol e inglês.



É interessante e bem colorido, mas nada “fantástico”. Na metade do show, dei por visto, e fui embora (se bem que estava super cansada, pois tinha passado a manhã “batendo perna” em Cusco (leia aqui) e a tarde feito o city tour (leia aqui). Talvez, em outro dia, tivesse ficado até o final do show...não sei).

Antes de sair, dei uma passadinha na sala de exposição dos trajes tradicionais peruanos. Também nada de “fantástico”, apenas manequins vestidos com os trajes e uma plaquinha identificando a origem e local do traje. Poderia ser melhor explorado.



Faz parte do Boleto Turístico. A dica é chegar uns 30 minutos antes do horário da apresentação, pois forma uma fila na porta e como o espaço é relativamente pequeno, para conseguir um lugar na frente tem que chegar cedo.

Cheiros.

sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

Bilhete Turístico de Cusco: vale a pena?

O bilhete turístico de Cusco – BTC é uma espécie de voucher (ingresso em papel) que dá direito a entrar em 16 atrações turísticas da cidade de Cusco e arredores, e pode ser comprado em vários lugares, como agências de turismo, hotéis ou no próprio escritório da COSITUC – Comissão de Serviço Integral (responsável pela gestão do BTC), na Avenida El Sol, 103, bem pertinho da Plaza de Armas.

Existem dois tipos de BTC: o parcial com validade de 1 ou 2 dias e dá direito a entrar nas atrações localizadas em determinada área (circuito I – sítios arqueológicos da área de Saqsayhuaman, circuito II – atrações do centro histórico de Cusco, e circuito III – sítios arqueológicos do Vale Sagrado dos Incas), com valor de 70 soles, e o integral, com validade de 10 dias e que dá direito a entrar em todas as 16 atrações, com valor de 130 soles. Estudante com a carteira de estudante internacional paga 40 e 70 soles, respectivamente.

Para saber se vale a pena, é necessário saber quantos dias vai ter para conhecer as atrações e quais as atrações tem interesse em conhecer.

Para usar é muito simples, basta apresentá-lo na entrada das atrações – em algumas delas foi pedido o passaporte para identificação – que será feito um furinho em cima da imagem da atração confirmando que a visita foi feita. Bem artesanal.........porém funciona.

O transporte para chegar às atrações não está incluído no bilhete turístico, fica por conta do próprio turista, mas as agências quando vendem o BTC oferecem também o serviço de transporte.

Foi o que fiz: comprei o BTC integral (que dá direito a entrar em todas as 16 atrações) e alguns passeios, direto com a agência de turismo, relacionados abaixo:

- City Tour com guia especializado que visita a Catedral de Cusco (ingresso 25 soles), Qorikancha (ingresso 10 soles), Saqsayhuamán, Tambomachay e Q’enqo (estes 3 últimos com entrada inclusa no BTC). Leia aqui como foi.

- passeio com guia especializado em Moray (entrada inclusa no BTC) e Salineiras de Maras (ingresso 7 soles). Leia aqui como foi.

- passeio com guia especializado e almoço pelo Vale Sagrado dos Incas visitando Pisac, Ollantaytambo e Chinchero (todos com entrada inclusa no BTC). Leia aqui como foi.

Também tem alguns museus e o Centro Qosqo de Arte Nativa (show de música e danças típicas), inclusos no BTC, que estão dentro da cidade de Cusco e podem ser feitos a pé, sem necessidade de contratar transporte ou guia especializado. Aqui e aqui eu conto com foram estas visitas.

A imagem abaixo é do meu BTC, com os devidos furinhos, confirmando a entrada nas atrações.

No verso do BTC tem um mapinha com a localização das atrações, seus endereços e horários de funcionamento. Tendo tempo, vale a pena aproveitar e conhecer as 16 atrações do BTC.

Espero que meus comentários sejam úteis.


Cheiros.