Lucca é uma pequena cidade murada, e meio dia é mais que suficiente para conhecê-la.
Combinar com Pisa, num bate-volta de
Florença, é uma opção perfeita para otimizar o tempo da viagem. Leia aqui como foi nossa visita à Pisa.
Suas muralhas foram construídas entre os séculos XVI e XVII, e estão super
bem conservadas, em substituição às antigas que não mais atendiam à segurança
da cidade, sendo consideradas ultra-modernas para a época, com passarela tripla
e um espaço livre ao redor para impedir que os inimigos pudesses se esconder na
vegetação. No início do século XIX, foram transformadas em parque público, que
pode ser percorrido pelos turistas, na sua total extensão, aproximadamente 4,2
km, com 12 m de altura. Não chegamos a percorrer tudo isso, apenas demos uma
voltinha para apreciar a vista e tirar uma fotos. É um local muito arborizado e
agradável, vimos várias pessoas fazendo caminhada, não sei se turistas ou
moradores aproveitando para se exercitarem.
A estação de trem de Lucca fica
fora das muralhas mas bem pertinho de um dos acessos, Porta di San Pietro, basta atravessar a praça em frente à estação, Piazalle Ricasoli, atravessar a rua e
andar uns 100 m à esquerda. Nesta praça fica o Centro de Turismo onde pegamos
um mapinha da cidade.
acesso pela Porta di San Pietro |
Não existem muitas atrações para entrar, como
igrejas, palácios e museus, portanto a beleza de Lucca é passear pela cidade medieval, completamente murada, com
ruas super estreitas (com restrição à circulação de carros) e que ainda
preserva sua arquitetura original. Foi o que fizemos: chegamos em Lucca e fomos direto almoçar, depois
visitamos a Chiesa di San Michele in Foro (apenas por fora), o
Duomo, a Piazza dell´Anfiteatro e andamos aleatoriamente pelas ruas, até que
chegamos novamente nas muralhas. Demos uma voltinha pela muralha, saímos por um
acesso lateral, e voltamos à estação de trem, no final da tarde, para pegar o
trem de volta à Florença.
em cima da muralha |
em cima da muralha |
maridão nas ruas de Lucca |
Agora vamos aos detalhes dos locais visitados:
Piazza dell´Anfiteatro
Existiu, no século II, um anfiteatro romano onde hoje fica a Piazza del Mercato. Com o declínio do
império romano, o local foi abandonado, e ao longo dos anos, suas pedras foram
saqueadas para construir igrejas e palácios, restando poucos fragmentos no
local.
Existiam quatro portas de acesso ao anfiteatro, que tinha capacidade para
10.000 expectadores, como corredores baixos em arco, por onde entravam as feras
e gladiadores. Esses acessos foram restaurandos e foi por onde entramos na
praça.
Em 1830, o local encontrava-se bastante decadente com muitos cortiços,
depósito de sal e até mesmo uma prisão, quando a governante da época, Marie Louse, da família Bourbon, mandou
desocupar o local para restaurá-lo, com projeto do arquiteto Lorenzo Nottoli Lucchese, retornando à
aparência original, formato elíptico de uma arena, passando a ser utilizada
como mercado público, até meados do século XX.
Atualmente, a piazza abriga
residências, lojas, bares e restaurantes, com mesas ao ar livre, muito
procurada por turistas para descansar, apreciar um bom vinho e admirar a
arquitetura ao redor.
Duomo
A Cattedralle di San Martino, foi
construída originalmente no século VI, por San Frediano, santo que nasceu em
Lucca, sendo reconstruída, em estilo romântico, pelo então bispo de Lucca, Anselmo da Baggio, em 1060, que
tornou-se posteriormente o Papa Alessandro
II (Alexandre II). No final do século XII até o século XVII passou por
reformas quando adquiriu o aspecto atual.
A fachada, com projeto de Guidetto da
Como, possui três grandes arcos, na parte inferior, e três níveis de
galerias, com muitas colunas em fomatos e cores diversas, além dos portais de
entrada bem decorados, de Nicola Pisano,
com relevos que retratam a vida de San Martino.
Como a igreja foi construída após o campanário, que fica “junto e
misturado”, e num estilo arquitetônico bem diferente, o conjunto ficou
esquisito e assimétrico. Precisei olhar com atenção os relevos, as esculturas e
as colunas para ver a beleza nestes detalhes, pois o conjunto não agradou.
Resumindo, não é bonita. Pronto.
Seu interior possui três naves com grandes colunas e arcos. Numa destas
colunas está um belo púlpito, em estilo renascentista, do artista Matteo Civitali. A cúpula semi
cilíndrica é original do século XI.
Numa área reservada e bem bonita (lembra uma gaiola de passarinho....vixe
que descrição horrível, mas que parece, parece), está a relíquia mais preciosa
desta igreja, e talvez da cidade de Lucca:
o Volto Santo, um crucifixo enorme em
madeira cedro, que segundo a lenda, foi esculpido por Nicodemos (fariseu
conterrâneo de Jesus Cristo) com a real aparência do rosto de Jesus (que
sobreviveu ao longo dos anos e foi trasferido da terra santa para Lucca em 782).
Outra obra que merece destaque é o monumento fúnebre a Illaria del Carreto, do artista Jacopo
della Quercia, esculpido entre 1406 e 1408, todo em mármore branco, em
homenagem à esposa de Paolo Guinigi,
político italiano, que morreu muito jovem durante o parto.
E só......Enfim, não merece a visita. Só se tiver tempo sobrando....o que
não acho que vá acontecer.
Site:
http://www.museocattedralelucca.it
Horário:
15/Março à 02/Novembro:
Segunda a Sexta: 9:30 às 18 h // Sábado: 9:30 às 18:45 h // Domingo: 9 às 10 h
e 11:45 às 18 h
03/Novembro à 14/Março:
Segunda a Sexta: 9:30 às 17 h // Sábado: 9:30 às 18:45 h // Domingo: 11:30 às
17 h
Ingresso:
3 euros
Chiesa di San Michele in Foro
A Chiesa di San Michele in Foro,
dedicada a São Miguel (o “in foro” deve-se ao local onde foi construída: “local
onde existia uma antigo fórum romano”), foi construída originalmente no século
VIII, porém passou por uma grande reforma entre 1061 e 1073, a mando do Papa Alessandro II (Alexandre II), que foi
bispo de Lucca, em estilo romântico,
provavelmente pelo arquiteto Guidetto da
Como.
Neste mesmo período o campanário foi erguido. A fachada, em estilo romântico,
porém com detalhes góticos, é uma mistura de elementos decorativos como
animais, plantas, símbolos do zodíaco e muitas colunas de mármore retorcidas e
decoradas, em formatos variados. Na parte frontal, no alto, está uma escultura
alada de São Miguel.
O interior possui três naves, com 48 m de comprimentos, 32 m de largura no
transepto e 19 m de altura.
Só visitamos por fora, pois tinha lido que o interior não valia a pena.
Horário:
Alta estação: Diariamente:
7:40 às 12 h e 15 às 18 h
Baixa estação: Diariamente:
8:30 às 10:30 h e 15 às 17 h
Ingresso:
gratuito
Nossa próxima e última parada foi em Roma.